Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

ANATOMIA DA AUSÊNCIA

Dissequei a palavra vazio
na algema da alma como um traço de estar plena
e prenhe do aconchego em maresia.

Desvirei o avesso do utópico
e do inaudito corpo que se despiu
na ausência, ao fundo do labirinto.

E de algemas e emergentes silêncios,
os fios de sangue e carne se quebraram em prantos,
emergindo o corpo suado da poesia até firmamento.