Por que escrevo?
Escrevo para não morrer.

(José Saramago)

domingo, 10 de julho de 2011

GALÁXIAS DOS HOMENS

Conhece-te a ti mesmo
Examine as cordas nuas
de cada som da palavra em silêncio.
Arrebata a canção na agonia
dos homens com a flor esmagada no asfalto.

Desvista o avesso da musa branca poesia.
Lá fora as vozes do coral de Bach...
Jesus, bleibet, meine Freude!
Ao fundo do poço não ouves
o tom suave do firmamento.

Rasteje ao infinito do limo
Vinde
Vede
Celebrai
Cantai aqui no teatro das galáxias
E adornai-vos de valsa...
Porque a poesia no lixo pintou
o sagrado e arrebatou a abóbada
de cada tela celeste de tuas mãos em mim.